Cap. 01
TRANSCENDE
Historias de terror sempre dão nos nervos. Despertam nossa curiosidade e certos medos. Essa talvez não seja somente mais uma historia de terror, em todos os casos é bom você tomar cuidado.
Emma era uma garota normal, inteligente sempre tirava notas boas na universidade. Não era muito popular, mas tinha alguns amigos, entre eles o simpático Rafael, que sempre estudava junto com Emma pois os dois dividiam um interesse incomum por paranormalidade. Emma era cheia de história de coisas que aconteceram com ela. E Rafael não ficava atrás. A garota sabia que era adotada, mas era criada como filha de sangue dos Randoulf, que a amavam e a davam sempre o melhor.
Certo dia, em uma de suas reuniões para estudo com Rafael, Emma mostrou ao rapaz que encontrara um jogo Ouija no sótão de sua casa, o jogo era bem trivial, mas eles resolveram tentar se comunicar com o outro lado. Tentaram uma, duas, três vezes, porem não tiveram respostas. Resolveram deixar o jogo, e voltar a estudar pois o teste de química era na próxima semana. Passada a tarde, o rapaz foi embora, e os pais de Emma ainda não haviam chegado, de repente ela ouve um barulho na cozinha, caminha lentamente e quando chega até a cozinha se depara com uma mulher, suja e com um mal cheiro que exalou por toda casa, a mulher não falou, apenas fazia uns grunhidos, correu em direção a Emma, essa se encontrava estática, pegou em seu braço e colocou um papel velho nas mãos na garota, em seguida olhou firmemente nos olhos de Emma, e saiu correndo. Como em um estalar de dedos Emma voltou à tona, e correu atras da mulher mas não conseguiu vê-la mais. No papel já sujo e envelhecido havia um endereço e é claro que Emma contatou na mesma hora o amigo Rafael.
O endereço era um lugar muito distante, em uma cidade chamada Angel Lake, a cidade ficou conhecida há 14 anos atras, quando uma mulher foi acusada de bruxaria, e de ter matado uma de suas filhas em um de seus rituais satânicos. Mais precisamente ao norte da cidadezinha, na rua Coast, ficava a velha casa do endereço. Na porta ainda haviam alguns velhos cartazes, de insulto à"Bruxa". Foi então que caiu a fixa, a casa do endereço era a dos noticiários. Os dois jovens entraram na casa, e em passos lentos, iam caminhando olhando tudo ao redor. Emma começou a passar mal e desmaiou. Quando ela acordou procurou pelo amigo Rafael e não o encontrou. Uma menina veio até ela e disse:
- Silencio! A mamãe não vai achar a gente aqui.
Ela não entendeu,
-Mamãe?
-Sim, você precisa ficar quieta Corryne.
Sem entender nada ainda, traços do que ela havia lido sobre o acontecido na cidade veio invadindo sua mente. "Duas filhas, uma mãe louca, uma das filhas acabou morta, não se tem o paradeiro exato da que sobreviveu". Mas ela não se chamava Corryne, pelo menos disso ela tinha certeza. Bem baixinho perguntou a menina:
- Qual o seu nome?
-Deixa de ser boba Corry, eu sou Emma.
Tudo veio como uma bomba em suas lembranças. As historias que ela contava para o Rafael, não eram apenas contos, ela havia vivido tudo aquilo.
Corry, adotou a personalidade da irmã, e esqueceu totalmente quem era ela. Ela era a Corry, que agora se chamava Emma, ela matara sua irmã, e sua mãe que foi acusada de bruxaria, so queria livrar a verdadeira Emma, do mal que Corry trazia dentro de si. Corry carregava dentro dela uma marca que passava de geração para geração, e algo precisava lembrá-la disso, a mulher suja na casa da "Emma" era o espirito de sua irmã. A família Hills carregava uma marca desde sua formação, sempre o primogênito nascido, pertenceria ao mal, pois eles tinham uma missão a cumprir na terra, e Corry era a mais velha, a primeira. Saindo da casa, ela encontrou seu amigo morto, não conseguiu sentir nenhuma tristeza, ela mesma o matara. Corry saiu dali e até então, nunca mais foi vista.
-Continua, aguardem